A história que pode ter um final feliz com a sua ajuda

Em dezembro de 2023, poucos dias antes do Natal, uma filhote de onça-parda apareceu sozinha e apavorada perto de uma fazenda no interior de Goiás. Era Alfa — com apenas três meses e 1,25 kg, caminhando entre pastos, valas e cercas, procurando por uma mãe que nunca voltou.

Meses depois, em março de 2024, outra filhote surgiu repentinamente em um banheiro de uma casa rural. Era Beta, também órfã, também assustada, separada da mãe pelo barulho das máquinas da colheita.

As duas foram resgatadas com o apoio do Suçuaranas no Quintal e do Ibama, e levadas para um programa especializado de reabilitação. Lá, passaram por um processo cuidadoso para despertar novamente seus instintos selvagens: caça, camuflagem, trilhas de cheiro, comportamento noturno, e o mais importante — o medo saudável de humanos, essencial para sobreviver na natureza.

Hoje, Alfa e Beta estão fortes, saudáveis e prontas para a fase mais importante de suas vidas: o retorno ao Cerrado, sua terra natal.

Mas falta um passo essencial.

O desafio urgente

Para que Alfa e Beta possam ser soltas de forma segura, elas precisam passar por uma etapa obrigatória: viver em um recinto de pré-soltura, especialmente construído para simular a vida selvagem.

Esse recinto permite:

• Treinar fuga, caça e comportamento natural
• Evitar contato com humanos
• Testar sua capacidade de sobrevivência
• Realizar enriquecimento ambiental avançado

Sem esse espaço, a soltura não pode acontecer. E o destino delas seria a vida inteira em cativeiro, algo que todos queremos evitar.

Por que esse recinto é fundamental?

• Área suficiente para grandes predadores
• Estrutura para treinos mais complexos de caça
• Segurança adequada para uma reintrodução completa

Por isso, através da parceria formal com o Ibama, a Proteção Animal Mundial assumiu o compromisso de construir esse novo recinto dentro da Floresta Nacional de Brasília, onde CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres) e equipes técnicas poderão acompanhar todo o processo.

Este investimento vai beneficiar não só Alfa e Beta, mas também outras onças e felinos que chegarem para reabilitação nos próximos anos.

É um legado que transforma vidas.

O futuro que você pode apoiar hoje mesmo

Três áreas de soltura já foram identificadas no Cerrado, todas dentro de Unidades de Conservação, com:

• Disponibilidade natural de presas
• Baixo risco de conflito com humanos
• Ausência de grandes felinos residentes
• Apoio técnico local para monitoramento

Após a reabilitação final no novo recinto, Alfa e Beta poderão finalmente voltar ao habitat onde nasceram, cumprindo seu papel como predadoras de topo e fortalecendo o equilíbrio do Cerrado.